A sala de aula é constituída pela diversidade de indivíduos, cada vez mais tecnológicos e repletos de vivências distintas. Por isso a prática pedagógica deve ser diversificada e inclusiva, com metodologias atrativas e eficientes. Pensando nisso, nós do grupo de professores da área de Linguagens do Instituto Federal Farroupilha campus Santo Augusto-RS, propusemos metodologias didáticas no planejamento de ações de ensino que pudessem transformar o aprendiz em sujeito-autor na construção do próprio conhecimento, de tal forma que essas construções fossem capazes de ultrapassar os limites da sala de aula. E ultrapassando esses limites, aqui estamos.
O eixo norteador de nosso trabalho pedagógico tem sido o incentivo dos estudantes no desenvolvimento de suas habilidades leitoras, textuais e orais. Para tanto, a sala de aula tornou-se um verdadeiro laboratório de textos, onde cada experiência discursiva representou uma oportunidade de autoria discente, fomentando-se, sempre, a comunicação, interação e colaboração entre os estudantes. Nesse fazer pedagógico, pautamos nossa prática numa perspectiva interdisciplinar de multiletramentos, a partir da qual os alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio foram desafiados e incentivados a produzir textos literários infantis bilíngues.
A história infantil, que temos o imenso orgulho de apresentar, foi integralmente elaborada pelos estudantes, desde sua escrita em português e inglês, até a criação das ilustrações, assim como todo o processo gráfico.
Os significados que emergiram dessa prática e as representações produzidas por ela, nos fizeram ter a certeza de que nossos alunos têm muito a dizer. E, mais do que isso, eles querem e precisam dizer. Fazer da sala de aula um espaço de fala e não de silenciamento, dar voz aos nossos estudantes foi, sem dúvida, um dos principais objetivos da proposta. Além, é claro, de instrumentalizá-los para expressar-se de forma proficiente e autônoma, percebendo-se como sujeitos capazes de, pelo viés do literário e da escrita, fazer rir, fazer sentir e, principalmente, ao criar uma realidade verossímil, refletir sobre a própria realidade e fazer pensar.
Projeto fábrica de histórias:
criando cantando e encantando